quarta-feira, 28 de abril de 2010

(Sem título, hoje)

"Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome..."
E eu não tenho gostado das cores que eu tenho visto. Nem das que tenho visto em mim nem nos outros.
É tanta diferença, tanta diferença. Tanto eu em mim.
É tanta gente precisando de comida, de roupa, de um abraço, de amor. De algum amor. "Qualquer amor".
Eu sofro por dentro ao pensar nas pessoas que estão por aí sem casa, mas principalmente sem lar. Sem uma memória boa de alguém pra amar. Sem a imaginação de qualquer porto pra ancorar.
Pessoas para quem a esperança já foi a última a morrer. E não restou mais nada.
E, mesmo assim, não consigo fazer nada. Sofro por elas, mas não com elas. Ou seja, não faço nada.
Alguém aceita me dar a mão, me puxar e me fazer mudar esse mundo?

Um comentário:

Mari Eller disse...

se você tem visto essas cores, que já são invisíveis e insensíveis à maioria das pessoas, não as ignore. estar sensível a elas pode indicar a você a hora e a oportunidade de agir. e às vezes pequenos gestos já podem quebrar uma rotina de inação...