sábado, 26 de setembro de 2009

Vespa

Hoje estava andando de carro com minha mãe quando passou ao nosso lado uma Vespa cinza bonita e eu comentei o quanto queria uma vespa pra mim. Realmente gosto do visual descontraído delas. Acho que parecem dizer que não ligam pra ninguém. Todos os outros carros perdem a graça perto delas, que passam lentas e individuais sem fazer comentários.
E então minha mãe disse: "você andou tanto de vespa quando era criança."
Ela comentou que saíamos os quatro, meu pai, ela, eu bebê entre os dois e meu irmão ainda pequeno de pé na frente. E íamos todos ao supermercado e ainda voltávamos com algumas sacolas naquele meio de transporte que deveria ser pra uma pessoa e, naquelas ocasiões, servia para quatro. E completou: "que tempo bom aquele."
E eu senti uma saudade tão grande de um tempo que não lembro. Tão grande.
Talvez todas as vezes que eu vejo passar uma Vespa é isso que vejo passar, mesmo sem lembrar. Talvez por isso sempre sinta um clima nem quente nem frio quando passa a tal moto, uma sensação de liberdade, de passado, de feriado. Eu nunca penso no futuro ao ver uma Vespa. Nunca penso em velocidade, nunca penso em nada. Só penso no momento.
Momento que passa voando...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Des images


Está em São Paulo uma pequena e boa exposição do fotógrafo Henri Cartier-Bresson.
É incrível como algumas pessoas tem a habilidade de transformar o mundo em imagens, ou sons, ou movimentos ou silêncios. E ele tem.
Porém, capacidade de olhar todos nós temos. Não apenas de ver, mas de olhar.
Ele disse que "Fotografar é colocar na mesma linha de mira, a cabeça, o olho e o coração". Talvez olhar também seja isso, só que de uma forma individualista.
Não sei.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Essa tal de ordem natural das coisas. Ah, se eu pego ela

"Quando o sol já corre a se esconder
E a noite já se faz sentir
Aparecem os velhos temores
Coração precisa resistir
Não se mata a sede de viver
O futuro nunca vai ter fim
Nem que seja o sonho dos poetas
Tudo aquilo que restou pra mim
E que me conduz
De repente vem uma canção qualquer
(...)
Mas nem tudo é como a gente quer
Esse mundo não foi feito assim
Desprezamos todos os valores
Nem sabemos mais o que é ruim
Então siga logo quem souber
O caminho para ser feliz
É viagem pra quem não tem pressa
O destino de quem sempre quis
Ter alguma luz
De repente vem uma canção qualquer
(...)
Com a ordem natural das coisas
Pelo menos aprendi
Foi a ordem natural das coisas
que me trouxe até aqui"