sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Começa o ano...


Começa mais um ano, depois de vários que já passei e depois de inúmeros que já se passaram nessa eternidade do universo. Falamos sempre como se a eternidade tivesse tempo. Sempre.
Fazemos tantos planos para uma simples troca de dias no calendário, como se houvesse alguma diferença real entre essa noite e todas as noites que se colocam na metade de dois dias. Sucessão interminável.
Colocamos flores brancas no mar...
Precisamos sempre de começos e fins. Aprendemos a viver assim. Apenas assim.
E, mesmo assim, não nos conformamos quando algumas coisas terminam. Ciclos sem fim. Que nos guiarão.
Nessa imensidão somos nada mais que uma gota de luz na idade do céu. E, como as estrelas, brilhamos e nos vamos. Nos calamos.
Somos apenas memórias.
Tudo tem seu fim. E ao mesmo tempo não. As coisas continuam a existir em nós, enquanto existirmos.
Somos somas de todas as cores: silêncio.
Cabe um universo em nós. Dentro do peito. Peito que às vezes parece pequeno pra tanto universo.
E eu olharei a sua fotografia na minha carteira...
E mesmo sem planos, tudo quer se renovar.
É que começa um novo ano... No calendário imaginário da eternidade que se prendeu no tempo pra nós.
Que seja Feliz o Ano Novo.

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