sábado, 26 de setembro de 2009

Vespa

Hoje estava andando de carro com minha mãe quando passou ao nosso lado uma Vespa cinza bonita e eu comentei o quanto queria uma vespa pra mim. Realmente gosto do visual descontraído delas. Acho que parecem dizer que não ligam pra ninguém. Todos os outros carros perdem a graça perto delas, que passam lentas e individuais sem fazer comentários.
E então minha mãe disse: "você andou tanto de vespa quando era criança."
Ela comentou que saíamos os quatro, meu pai, ela, eu bebê entre os dois e meu irmão ainda pequeno de pé na frente. E íamos todos ao supermercado e ainda voltávamos com algumas sacolas naquele meio de transporte que deveria ser pra uma pessoa e, naquelas ocasiões, servia para quatro. E completou: "que tempo bom aquele."
E eu senti uma saudade tão grande de um tempo que não lembro. Tão grande.
Talvez todas as vezes que eu vejo passar uma Vespa é isso que vejo passar, mesmo sem lembrar. Talvez por isso sempre sinta um clima nem quente nem frio quando passa a tal moto, uma sensação de liberdade, de passado, de feriado. Eu nunca penso no futuro ao ver uma Vespa. Nunca penso em velocidade, nunca penso em nada. Só penso no momento.
Momento que passa voando...

2 comentários:

Mari Eller disse...

meu pai me levava de Vespa para a escolinha! Vespa tem sabor de infância e, sem duvida, de pai. e que época mais estranha, né? a gente andava sem capacete, com quantas pessoas coubessem numa moto, viajava deitado no porta-malas... Deus cuidava mesmo! :)

Adriana Mesquita Corrêa Bueno disse...

Lindo texto, como sempre! Espero que tenha sua Vespa um dia... ;)